Chama-se Moreira e foi lançado no FC Porto na mesma altura que Hélder Postiga. Ambos formavam uma dupla promissora, mas tiveram caminhos bem distintos. Porquê? Doping. “Talvez um dia fale”, disse Moreira, ao Maisfutebol. Curioso é o facto de esta publicação online ter ‘apagado’ a notícia na qual Moreira põe em xeque o FC Porto...
Esta história tem diversos contornos estranhos. Em 2001, foi relatado um caso de doping no FC Porto – com Moreira a acusar furosemida, na fase final do Campeonato de Juniores, e a ser suspenso de toda a actividade, quando já estava no plantel principal do FC Porto.
Mais tarde, o caso voltou à actualidade, com o jogador, que viu a carreira destruída, a prometer declarações bombásticas. “Talvez um dia fale”, disse Moreira ao Maisfutebol. Um dos contornos estranhos desta história é o facto de o Maisfutebol ter... apagado a notícia, que poderia ser lida através do seguinte link:http://www.maisfutebol.iol.pt/ii-liga/mo reira-oliveirense-fc-porto-porto-helder-p ostiga-bruno-alves/1104412-1442.html (reparem em todos os nomes do link sobre uma notícia de doping...)
Moreira acusou furosemida (substância é proibida) num controlo antidoping, foi castigado, colocado na equipa B e acabou dispensado. Nelson Puga, médico do FC Porto, fez uma declaração notável: “A furosemida é uma substância proibida, não dopante. É um diurético, que serve, apenas, para baixar a tensão arterial e, muito importante, baixa o rendimento de um profissional de futebol”.
Mas... a Agência Mundial Antidopagem “inclui a furosemida na sua lista de substâncias proibidas, pois pode ser utilizada para mascarar o consumo de outras substâncias dopantes. A furosemida também é utilizada, embora possa constituir doping à luz dos regulamentos, como uma forma de perder peso (à custa do volume de água)”.
Ao contrário do Maisfutebol, existe alguma imprensa que não se deixa intimidar, ou que não aparenta estar presa a interesses obscuros. Falamos da TSF, que relatou o caso e nunca apagou o conteúdo da notícia. Eis o que disse a TSF:http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Interior.a spx?content_id=730755.
Depois de algum tempo remetido ao silêncio, Moreira decide abrir a sua alma e não foi meigo, apesar de ter ficado algo por dizer... O avançado viu um sonho transformar-se em pesadelo: abriam-se as portas da equipa principal, mas o destino foi a dispensa...
"Olhando para o meu passado, claro que me entristece a situação. Na altura, marcou-me bastante. Ainda para mais, sabendo que sou inocente. Calhou ser sorteado para o controlo. Eu apanhei seis meses, enquanto ao colega, que estava comigo, não aconteceu nada. Enfim, é melhor nem falar muito sobre esse assunto.Talvez um dia fale", disse Moreira, ao Maisfutebol.
Ora, todos nós estamos cansados do “talvez um dia fale”, quando há casos de litígio entre jogadores e FC Porto. Adriano também prometeu falar um dia. Octávio prometeu falar um dia. Paulo Assunção prometeu falar um dia... Ficamos a aguardar por tantos dias. Um dia, falaremos nós.
As perguntas que se colocam são óbvias: quem era esse outro jogador de que Moreira fala? O link do Maisfutebol tem dois nomes bem visíveis: Hélder Postiga e... Bruno Alves. Por que razão Bruno Alves, o ‘super-atleta’ entra nesta história?
Por que razão Nelson Puga diz o contrário da realidade? Por que razão Moreira se revolta com o facto de ter sido a única vítima? “O colega que estava com ele também ingeriu a substância? Como justificar aquela declaração de Moreira? Um jogador inocente não aponta o facto de “não ter acontecido nada” a um colega de equipa para justificar a sua inocência...
Houve doping no FC Porto, isso é certo. Mas... quem o tomou? Este procedimento é uma regra? Os jogadores são obrigados a fazê-lo? Talvez um dia eles falem...Já nem sei á quantos anos se fala no doping no fcp, até se perguntava porque é que a maioria eram carecas, será que é por alguma substãncia que tomavam? acredito que sim porque é demasiada coicidência. E agora gostava de saber porque o controle anti-doping não vai aos olivais já que ao Seixal vão várias vezes.
Fernando Mendes
"Injecções e comprimidos para jogar melhor, jovens que serviam de cobaias para o doping, prostitutas nos estágios, treinadores que exigiam dinheiro a jogadores para os colocar a jogar e benefícios de arbitragem."
“Os incentivos para correr eram sempre apresentados pelo massagista. Passado pouco tempo de estar no clube, ele aproximou-se de mim, e de outros novos jogadores (...) Disse-me claramente que aquilo que ia dar-me era doping, embora nunca tivesse falado de eventuais efeitos secundários. (...) Com o passar do tempo assumi os riscos e tomei doping de todas as vezes que me foi dado."
“No meu tempo, o doping era tomado de duas formas: através de injecção ou por recurso a comprimido. Podia ser antes do jogo, no intervalo, ou com a partida a decorrer, no caso daqueles que saíam do banco (...) A injecção tinha efeito imediato, enquanto os comprimidos precisavam de ser tomados cerca de uma hora antes do jogo.”
“Em alguns clubes onde joguei tomei Pervitin, Centramina, Ozotine, cafeína, entre muitas outras coisas das quais nunca soube o nome.”
“Cada jogador tomava uma dose personalizada, mediante o seu peso, condição física ou última vez que tinha ingerido a substância (...) Porém, nos jogos importantes era sempre certo (...) Quando se sabia que não iria haver controlo antidoping, nunca falhava.”
“Em certos treinos víamos um ou dois juniores que apareciam para treinar connosco. Esses juniores não estavam ali porque eram muito bons ou porque tinham de ganhar experiência. Estavam ali para servirem de cobaias a novas dosagens. Um elemento do corpo clínico dava cápsulas ou injecções com composições ilegais a miúdos dos juniores (...) Diziam-lhes que eram vitaminas e que a urina era para controlo interno.”
“Se um jogo fosse ao domingo, o nosso médico sabia na sexta ou no sábado quais as partidas que iriam estar sob a tutela do controlo antidoping. Mal tinha acesso à informação, avisava todo o plantel e o dia de jogo acabava por ser directamente influenciado por essa dica.”
“Depois do apito final, as bolinhas eram retiradas do congelador e colocadas ao lado das outras dentro de um saco. Quando o médico ia escolher o atleta que tinha de ir ao controlo [antidoping], já sabia que não podia tirar nenhuma das bolinhas geladas [que eram as dos jogadores dopados]."
“Em determinada temporada (...) sou convocado para um encontro particular da selecção Nacional. (...) Faço uma primeira parte fantástica, mas ao intervalo começo a sentir-me cansado e tenho medo de não aguentar o ritmo (...) O jogo realiza-se num estádio português (...) Estão lá um médico e um massagista de um clube onde jogo (...) No intervalo, peço a esse médico para me dar uma das suas injecções de doping. Saio do balneário da selecção, sem que ninguém se aperceba, e entro numa salinha ao lado. É aí que me dão a injecção pedida por mim. Volto a frisar que ninguém da selecção se apercebeu.”
“No meu tempo, o doping era tomado de duas formas: através de injecção ou por recurso a comprimido. Podia ser antes do jogo, no intervalo, ou com a partida a decorrer, no caso daqueles que saíam do banco (...) A injecção tinha efeito imediato, enquanto os comprimidos precisavam de ser tomados cerca de uma hora antes do jogo.”
“Em alguns clubes onde joguei tomei Pervitin, Centramina, Ozotine, cafeína, entre muitas outras coisas das quais nunca soube o nome.”
“Cada jogador tomava uma dose personalizada, mediante o seu peso, condição física ou última vez que tinha ingerido a substância (...) Porém, nos jogos importantes era sempre certo (...) Quando se sabia que não iria haver controlo antidoping, nunca falhava.”
“Em certos treinos víamos um ou dois juniores que apareciam para treinar connosco. Esses juniores não estavam ali porque eram muito bons ou porque tinham de ganhar experiência. Estavam ali para servirem de cobaias a novas dosagens. Um elemento do corpo clínico dava cápsulas ou injecções com composições ilegais a miúdos dos juniores (...) Diziam-lhes que eram vitaminas e que a urina era para controlo interno.”
“Se um jogo fosse ao domingo, o nosso médico sabia na sexta ou no sábado quais as partidas que iriam estar sob a tutela do controlo antidoping. Mal tinha acesso à informação, avisava todo o plantel e o dia de jogo acabava por ser directamente influenciado por essa dica.”
“Depois do apito final, as bolinhas eram retiradas do congelador e colocadas ao lado das outras dentro de um saco. Quando o médico ia escolher o atleta que tinha de ir ao controlo [antidoping], já sabia que não podia tirar nenhuma das bolinhas geladas [que eram as dos jogadores dopados]."
“Em determinada temporada (...) sou convocado para um encontro particular da selecção Nacional. (...) Faço uma primeira parte fantástica, mas ao intervalo começo a sentir-me cansado e tenho medo de não aguentar o ritmo (...) O jogo realiza-se num estádio português (...) Estão lá um médico e um massagista de um clube onde jogo (...) No intervalo, peço a esse médico para me dar uma das suas injecções de doping. Saio do balneário da selecção, sem que ninguém se aperceba, e entro numa salinha ao lado. É aí que me dão a injecção pedida por mim. Volto a frisar que ninguém da selecção se apercebeu.”
Agora é só reparar quantos minutos nas pernas têm os principais jogadosres do Porto esta época. 2 empates e 0 derrotas??
7 comentários:
Nem quer acreditar que esta notícia seja verdade...
Mas como não sou ingénuo, isto não é nada demais vindo de onde vem, só digo é que esta notícia deveria aparecer ao público em geral.
E esse jogador deveria ser entrevistado por uma cadeia televisiva, como por exemplo para a Benfica TV ou para um canal com mais acesso de todos, a SIC, para poder aí falar à vontade e contar o que lhe está "atravessado na garganta", para poder mostrar ao povo quem realmente aquelas "gentes" são...
Muito bem, meu amigo. Nunca podemos dar descanso até os culpados de toda a porcaria que inunda o futebol português veja a luz do dia.
Exigimos exames ao sangue para efeitos do controlo anti-doping. Até lá andamos a brincar.
continuem a chorar. a inventar, a caluniar, a difamar, tudo o que quiserem. Enquanto isso o FCP ganha e faz história.
rotação do plantel no Porto? os jogadores principais tem tantos ou mais minutos que os dos plantei sem rotação...
Não sei se existe doping ou não. O que sei é que o Porto acabou o campeonato e outras competições a jogar ao mesmo rito que iniciou o campeonato. Estranho? Mas existe alguma coisa estranha no Porto?
lol
Não é o Porto que tem o caso do Nuno Assis... olhem para dentro primeiro!
Este blogue devia ser chamado "a verdade do benfica"
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